A História da Seleção Inglesa de Futebol — Das Origens à Glória Mundial

A História da Seleção Inglesa de Futebol.

A Seleção Inglesa de Futebol é uma das mais tradicionais do planeta, com uma história que se confunde com a própria origem do esporte. Desde os primeiros jogos no século XIX até as glórias e decepções em Copas do Mundo e Eurocopas, o “English Team” carrega uma herança rica, marcada por ídolos lendários, estádios icônicos e momentos inesquecíveis. Neste artigo, vamos mergulhar na história da Seleção Inglesa de Futebol, explorando suas conquistas, curiosidades e legado no cenário mundial.

 

As origens da Seleção Inglesa de Futebol

A história da Seleção Inglesa começa em 1872, com o primeiro jogo internacional oficial da história: Inglaterra x Escócia, disputado em Glasgow. O placar terminou 0 a 0, mas aquele amistoso marcou o início de uma das maiores rivalidades do futebol e o nascimento das seleções nacionais.

A Inglaterra, berço do futebol moderno, foi também pioneira na criação de regras, federações e competições. A The Football Association (FA), fundada em 1863, foi a primeira federação de futebol do mundo e responsável por organizar o esporte em solo britânico.

Durante as décadas seguintes, a seleção inglesa disputou amistosos contra vizinhos como Escócia, País de Gales e Irlanda, consolidando-se como uma das grandes potências do futebol amador.

 

Primeiras competições e a era pré-Copa do Mundo

Antes da criação da FIFA e da Copa do Mundo, a Inglaterra não participava de torneios internacionais fora das Ilhas Britânicas. O futebol era visto como uma invenção inglesa e, por muito tempo, a FA se recusava a integrar competições “estrangeiras”.

Foi apenas em 1905 que a federação inglesa se filiou à FIFA, mas o país manteve uma relação conturbada com a entidade por décadas. Por conta de divergências políticas e esportivas, a Inglaterra não participou das três primeiras Copas do Mundo (1930, 1934 e 1938).

 

A estreia na Copa e o desastre de 1950

A estreia inglesa em Copas do Mundo ocorreu em 1950, no torneio realizado no Brasil. A expectativa era grande: os inventores do futebol finalmente mostrariam sua força. No entanto, o que aconteceu foi um dos maiores vexames da história da seleção — a derrota para os Estados Unidos por 1 a 0, em Belo Horizonte.

O fracasso precoce expôs a defasagem tática da equipe e mostrou que o futebol havia evoluído além das fronteiras britânicas.

 

1966: A glória em casa

O auge da história da Seleção Inglesa de Futebol veio em 1966, quando o país sediou a Copa do Mundo. Sob o comando de Alf Ramsey, e liderados pelo capitão Bobby Moore, os ingleses conquistaram seu primeiro e único título mundial até hoje.

A final no lendário Wembley Stadium contra a Alemanha Ocidental terminou 4 a 2 para a Inglaterra, com três gols de Geoff Hurst — o único hat-trick em uma final de Copa até hoje. O famoso gol que bateu no travessão e gerou dúvidas sobre se entrou ou não permanece uma das imagens mais icônicas da história do futebol.

A vitória de 1966 consolidou o país como uma das grandes potências e marcou para sempre a cultura esportiva inglesa.

 

O período de seca e as decepções pós-1966

Após o título mundial, a Inglaterra viveu altos e baixos. A equipe falhou em se classificar para a Copa de 1974 e teve campanhas irregulares nas décadas seguintes. Apesar de sempre contar com grandes nomes — como Kevin Keegan, Bryan Robson, Gary Lineker e Paul Gascoigne —, faltava à seleção consistência e, principalmente, sorte.

A Copa de 1990, na Itália, foi um dos momentos mais marcantes da era moderna. Sob o comando de Bobby Robson, a Inglaterra chegou às semifinais, mas foi eliminada pela Alemanha nos pênaltis, após uma grande atuação de Gascoigne.

 

A geração de ouro dos anos 2000

A virada do milênio trouxe esperança com a chamada “Golden Generation” — jogadores como David Beckham, Steven Gerrard, Frank Lampard, Wayne Rooney e Rio Ferdinand formaram uma das seleções mais talentosas da história.

No entanto, as expectativas não se traduziram em títulos. A falta de entrosamento entre craques e a pressão da mídia dificultaram o sucesso em grandes torneios.

Mesmo assim, essa geração deixou uma marca duradoura e contribuiu para a modernização do futebol inglês, influenciando o estilo de jogo da Premier League e a formação de novos talentos.

 

A nova era: Southgate e o renascimento da Inglaterra

Sob o comando de Gareth Southgate, a seleção inglesa vive um renascimento. Com uma equipe jovem e talentosa, liderada por Harry Kane, Jude Bellingham, Phil Foden e Bukayo Saka, a Inglaterra combina técnica e intensidade.

Na Copa do Mundo de 2018, a seleção chegou às semifinais após 28 anos. Em seguida, na Eurocopa 2020, disputada em 2021, foi vice-campeã, perdendo nos pênaltis para a Itália em Wembley.

Essas campanhas reacenderam o orgulho nacional e mostraram que a Inglaterra está novamente entre as grandes forças do futebol mundial.

 

O legado da Seleção Inglesa de Futebol

Mais do que títulos, a Seleção Inglesa representa a origem e a tradição do futebol. O estilo britânico, marcado pela disciplina tática e pela paixão incondicional dos torcedores, moldou o esporte como o conhecemos hoje.

De Bobby Charlton a Harry Kane, a Inglaterra sempre produziu jogadores de classe mundial e proporcionou momentos memoráveis. O lendário Wembley Stadium, conhecido como “a casa do futebol”, continua sendo um símbolo da história e da identidade inglesa.

 

Conclusão

A história da Seleção Inglesa de Futebol é um verdadeiro espelho da evolução do esporte: pioneirismo, glória, frustração e renascimento. Dos gramados de 1872 à emoção das Copas modernas, a Inglaterra permanece como uma das seleções mais respeitadas e influentes do mundo.

Com uma nova geração promissora e uma torcida apaixonada, o sonho de repetir o feito de 1966 continua vivo — porque, afinal, o futebol nasceu na Inglaterra, mas pertence a todos nós.

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